De cantora gospel a uma das traficantes mais procuradas pela polícia do Rio de Janeiro. Essa foi a trajetória de Rayane Nazareth Cardozo da Silveira, de 21 anos. Conhecida no mundo do tráfico pelo apelido de Hello Kitty.
Na manhã desta sexta-feira (16), ela foi morta durante operação da Polícia Militar no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo (RJ).
Rayane nasceu em 25 de dezembro de 1999, e foi criada no Morro da Ilha da Conceição, em Niterói, também na Região Metropolitana, onde teria começado a atuar no tráfico de drogas.
Nas redes sociais, onde gostava de se exibir, há registros dela aos 15 anos já mostrando armas.
O apelido Hello Kitty é dessa época e teria sido dado por criminosos, por ela ser menina e meiga, mas ao mesmo tempo corajosa e ousada como os bandidos mais experientes.
Em novembro de 2015, ela fez uma tentativa de deixar o mundo do crime e passou a frequentar uma igreja evangélica junto com parentes e amigos. Lá, ela descobriu o dom de cantar e passou a se apresentar nos cultos da igreja.
A fase evangélica durou alguns meses e ela voltou à vida do crime. Em 2016, ficou grávida. O filho de Hello Kitty tem 4 anos.
Em 2018, ela se tornou alvo da polícia por envolvimento em assaltos na região. Com idade entre 18 e 19 anos ela já cometido uma série de roubos e era denunciada por vítimas na região do Fonseca, bairro da Zona Norte de Niterói.
Ela praticava os crimes com um namorado, que morreu em Minas Gerais, segundo a Polícia Civil. Nas redes sociais, Hello Kitty, além das armas, sempre deixava à mostra uma tatuagem de gueixa que tinha na perna.
Apelidada na região de “Dama do Tráfico”, Hello Kitty era a principal parceira de Alessandro Luis Veira Moura, conhecido como “Vinte Anos”, líder do tráfico local. Acusada de integrar quadrilhas de veículos, a jovem era investigada em pelo menos duas delegacias.